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domingo, 4 de novembro de 2012

Eu sou assim...




Eu sou assim duas mulheres dentro de mim, às vezes três, quatro, cinco, seis, talvez seja uma por mês. Diversifico-me, existem momentos em que dou um grito, existem outros em que vivo um conflito, apresento ao mundo a minha dor, em outros momentos só consigo falar de amor, a mais romântica melodramática imóvel chorosa ou nervosa carente ou decadente vingativa ou inconsequente é nestes momentos em que eu não me percebo e transformo-me numa mulher cheia de medo, cheia de reservas coberta de subtilezas, séria e sem defesas no minuto seguinte no papel de mulher fatal transformo-me logo na tal e nesses momentos sou a dona do mundo segura e destemida presunçosa e atrevida. Aprendi a ser servil, submissa, mas também me encantei em ser rainha, dona, lady. Rasgo todos os meus segredos ao meio e exponho-me num letreiro de poesia ou texto assalto, incendeio. Conto o que ninguém tem coragem de contar, explico detalhes que nem é bom me lembrar, sou assim, várias de mim, sorrisos por fora, angústias por dentro, um tormento no rosto nem um único sofrimento no corpo uma explosão de prazer nos olhos, deixo o meu desejo se perceber, o melhor é ninguém me conhecer, fiquem apenas com as minhas letras com as minhas palavras, na vida real sou muito mais complicada sou uma em mil, e quem tentou descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado, que vai explodir em qualquer momento, mas quem esteve nele nunca quis fugir. — em Submundo








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